Você sabe que a concepção de um projeto envolve várias condicionantes, não é mesmo? Uma delas — bastante relevante — é o estilo de arquitetura de interiores que melhor se adequará ao cliente, seja pela estética, seja pela funcionalidade.
O desafio de projetar impõe ao arquiteto conhecer os estilos arquitetônicos e as tendências de decoração. Dessa forma, ele poderá identificar o que encantará o cliente, além de fazer adaptações necessárias à realidade do projeto. Um entendimento indispensável, concorda?
Por isso, vale a pena aprender mais sobre cada estilo de arquitetura de interiores. E sabe como este post ajudará? Ele mostrará as principais características dos estilos que estão em alta. Acompanhe!
Esse nunca saiu de moda! O estilo clássico pode até passar por novas interpretações, modernas e contemporâneas, assumindo maior funcionalidade, mas se mantém sempre em evidência.
Ele teve origem na arquitetura greco-romana e foi influenciado pelos períodos renascentista, barroco e rococó. É inconfundível pelas linhas elegantes, ornamentos rebuscados e simetria harmoniosa entre mobília imponente, peças e materiais nobres.
Os ambientes são glamorosos e se mostram verdadeiras obras de arte. A madeira nobre em tons escuros predomina nos móveis, e o mármore branco é o preferido para pisos e bancadas.
Já a paleta de cores é ampla, mas sóbria. O bege, o rosa-claro e outros tons suaves são combinados ao bordô, ao verde-escuro, ao azul-marinho e até mesmo ao preto na composição das paredes e dos tecidos nobres.
O ferrugem, o dourado e o prateado também aparecem em molduras e em luminárias, que criam uma iluminação suave, priorizando a luz difusa e amarela.
São comuns as sancas ornamentadas, as colunas e os arcos. O papel de parede, liso ou estampado, ajuda a valorizar os quadros e demais peças decorativas: lustres, cristais, porcelanas, prataria, candelabros, bustos, arranjos florais, abajures, espelhos, retratos, livros, natureza morta e tapeçaria.
Tamanha imponência requer espaços amplos. Por isso, a mescla com outros estilos é uma alternativa adequada aos apartamentos atuais, que costumam ter áreas reduzidas.
Uma variação do clássico, esse estilo preza pela intimidade, sendo muito comum na decoração de quartos. O mobiliário segue a mesma linha e valoriza os estofados, especialmente os bancos, as camilhas e as poltronas, que reforçam a sensação de aconchego.
As cores são neutras e as texturas e estampas florais compõem o cenário romântico. A decoração é despretensiosa, baseada em itens pessoais dispostos aleatoriamente.
De encontro ao clássico está o estilo contemporâneo, que segue as tendências da atualidade, ou seja, acompanha o seu tempo.
Essa vertente surgiu no século XX, buscando livrar os ambientes dos adornos excessivos e priorizar a relação entre estética e função. Os elementos tecnológicos e artísticos são equilibrados, valorizando o conceito de design arrojado e funcional.
As formas geométricas, as linhas e os elementos neutros prevalecem no mobiliário, que conta com peças espaçosas e, comumente, baixas ou rentes ao chão.
As superfícies adotam materiais lisos como vidro, cimento queimado, inox, pedra polida e madeira — clara ou escura. Os tecidos são leves e convidativos ao conforto.
As cores, as texturas e os papéis de parede são neutros, e o contraste fica por conta dos detalhes da decoração: tapetes, persianas, almofadas e objetos em cores vibrantes.
A iluminação desempenha um importante papel para criar nuances e, principalmente, valorizar a funcionalidade do espaço. O forro de gesso com luminárias planejadas é a solução mais usada.
Esse estilo recria peças em uma versão moderna, fazendo uma releitura do passado com a tecnologia atual. Móveis, geladeiras, eletrodomésticos e revestimentos são exemplos de elementos recriados.
Ele explora a combinação de cores neutras e vibrantes e o Pop Art, e é muito comum encontrá-lo combinado com outro estilo.
Ambientes high tech ou futuristas são aqueles que dispõem de alta tecnologia para trazer conforto, economia e praticidade. A robótica, a automação e o reaproveitamento energético são os principais recursos.
Que tal tomar um café em frente à lareira (que não passa de um holograma), observando um robô limpar a casa, enquanto controla o som e a iluminação e aciona a hidromassagem por um smartphone?
Esse estilo surgiu nos lofts de Nova York, na década de 50, quando galpões começaram a ser usados como residências.
A construção e a decoração se fundem, criando ambientes que valorizam o pé-direito, o uso aparente de tijolos, concreto, cimento queimado, tubulações aparentes e luminárias industriais, madeira de demolição e peças metálicas.
Para quebrar qualquer sensação de frieza, as cores quentes e elementos aconchegantes, principalmente em sofás e poltronas, não ficam de fora. A composição com estilos diferentes também é uma ótima opção.
Esse estilo vem ganhando adeptos ao longo dos anos, devido à sua filosofia que ultrapassa os limites da arquitetura e conquista aqueles que buscam um estilo de vida mais funcional e menos consumista.
Sua origem é imprecisa, mas sabe-se que ele ganhou força no fim da Segunda Guerra Mundial, influenciado por movimentos de arte vanguardista e diferentes culturas, como a oriental e a escandinava.
Basicamente, caracteriza-se pelo estilo clean: cores leves e poucos móveis, priorizando o essencial e o funcional, não a estética. A ordem é o desapego e a organização. Assim, os cômodos ficam mais espaçosos e arejados.
O mobiliário segue um design simples e foca na praticidade. A madeira, o alumínio e o inox são muito usados. Os tecidos tendem a ser lisos, com texturas suaves, geométricas e sem estampas.
As cores claras predominam, pois favorecem a iluminação natural e a sensação de amplitude. O estilo p&b é valorizado e o contraste fica por conta de detalhes em madeira, porcelanato, cimento queimado, peças de decoração e itens pessoais, sempre obedecendo o conceito de “menos é mais”.
Duas palavras podem descrever esse estilo: naturalidade e aconchego.
A decoração rústica é inspirada em casas de campo. A madeira, antiga ou de demolição, é o elemento de destaque nos móveis, vigas aparentes e pisos. As paredes são pintadas ou revestidas em pedra e tijolos cerâmicos aparentes.
A paleta de cores abrange tons claros e terrosos contrastados com elementos decorativos e tecidos: quadros de paisagens, espelhos emoldurados, cestos, almofadas, colchas em patchwork, chita, algodão, estampas florais e xadrez, sempre com um toque familiar.
A proposta central é de uma organização informal, mas aconchegante: peças como jarros, utensílios, louças e artesanatos ficam expostas em móveis abertos.
Considerado uma mistura entre o clássico e o rústico, esse estilo surgiu na França, em uma tentativa das classes menos favorecidas de copiar o estilo Rocaille — o preferido da realeza.
Atualmente, é sinônimo de elegância e romantismo com um toque rural, devido à delicadeza das linhas sinuosas e aos detalhes entalhados na madeira, comumente pintada.
As cores são suaves — azul, rosa, verde, bege — e as estampas listradas e florais são muito exploradas em estofados, tapetes, paredes e louças.
A decoração vintage caracteriza-se por valorizar peças antigas originais, consagradas ao longo do tempo, seja pela qualidade, estética ou apelo sentimental. As principais fontes para garimpá-las são os brechós e as lojas específicas.
Os materiais usados são vários, como madeira, ferro, plástico e tecidos. O uso de cores é irrestrito, desde as vibrantes aos tons suaves.
O interessante é mesclar o vintage a outros estilos, por exemplo, quebrando a sobriedade contemporânea com um eletrodoméstico antigo, utilizando placas decorativas ou um móvel de época, enfim, a criatividade é o limite!
Arrojado e cheio de personalidade, esse estilo transforma o ambiente em uma viagem a diferentes culturas. Países orientais, africanos e árabes — além de tribos indígenas — são comumente as fontes de inspiração.
Estampas, muitas cores, madeira e artesanato são as melhores formas de ousar e criar espaços únicos!
Na hora de projetar, uma dica valiosa é ser flexível na escolha de um estilo de arquitetura de interiores e nos elementos que o caracterizam. Vale a pena mesclar e inovar sempre, desde que as soluções tragam harmonia ao ambiente e bem-estar ao cliente.
Que tal se tornar especialista em estilos arquitetônicos e novas tendências? Leia nosso post sobre eventos de arquitetura e design e entenda por que eles são um passo indispensável nesse caminho! Até a próxima!
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muito bom artigo. parabens